A
Universidade Federal do Pará (UFPA) passou por mais um dia de protestos
na radicalização do movimento grevista dos docentes, técnicos e alunos.
Todos os portões do campus principal em Belém foram trancados durante o
dia de ontem, impedindo a entrada dos participantes do 1º Encontro
Estadual Educação do Educador, do Plano Nacional de Formação de
Professores da Educação Básica (Parfor), evento agendado há meses.
Buracos e falhas nos muros da universidade foram utilizados por muitos
participantes para chegar ao evento. Muitas discussões, bate-bocas e até
agressões marcaram o dia de manifestação.
Os
portões foram trancados com correntes e cadeados pelos grevistas, que
fizeram o mesmo na reitoria e nos centros durante a semana, no início da
madrugada. Na manhã de ontem centenas de participantes vindos do
interior do Estado começaram a chegar ao local e ficaram revoltadas com a
situação. "O direito deles termina onde começa o nosso! Queremos
respeito! O encontro já estava marcado. Não somos contra a greve, mas a
ações têm que ser pensadas de forma a não prejudicar os outros", disse a
aluna do Parfor Edna Brito, de 54 anos, vinda de Bragança. A estudante
chegou a discutir com um membro do comando de greve.
Um
buraco aberto no muro da instituição, próximo à estação de ônibus,
serviu de acesso para pedestres ao interior do campus. "É uma vergonha
que nossos inscritos tenham que entrar por este buraco. Todos os
sindicatos receberam ofício lembrando a realização do evento, que teve a
contribuição de tantas pessoas", lamentou a coordenadora de Pedagogia e
uma das organizadoras do evento, Maria Ludetana Araújo. Cerca de três
mil professores da Educação Básica, de 43 municípios paraenses, estão
inscritos no evento, que encerra hoje.
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