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sábado, 11 de agosto de 2012

Médicos contrariam justiça e decidem manter a greve

Os profissionais de saúde do município de Belém permanecem em greve. Pelo menos até a próxima terça-feira, 14, quando uma assembleia geral deve decidir os rumos do movimento. A decisão, tomada em consenso entre os 11 sindicatos que compõem a greve, contraria a determinação do juiz Marco Antônio Castelo Branco, da 2ª Vara da Capital, que deu 24 horas, a contar da quinta-feira, 9, para que os trabalhadores de saúde suspendessem a paralisação sob pena dos líderes sindicais serem obrigados a assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). "Medidas judiciais têm prazos para recursos e estamos nos movimentando para interpor todos os recursos cabíveis, inclusive habeas corpus para que nossas lideranças não sofram essa ameaça de prisão", afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), João Gouvêa.

Ontem de manhã, o presidente do Sindmepa e representante de outros quatro sindicatos convocaram a imprensa para anunciar a decisão de manter a greve, mesmo diante da segunda decisão da Justiça, contrária ao movimento. Na semana passada, o mesmo juiz já havia considerado a greve do setor abusiva, apesar dos profissionais assegurarem que 30% do efetivo está sendo mantido nos Hospitais de Pronto-Socorro e Unidades Básicas de Saúde. "Nosso objetivo sempre foi que os gestores sentassem para conversar e tentassem resolver a situação da melhor maneira possível. A responsabilidade sobre a falta de atendimento à população a partir de agora é da gestão pública", disse Wilson Machado, também do Sindmepa.

Os sindicatos alegam que, ao contrario do que diz a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), nenhuma das reivindicações da categoria foi atendida. "O que a Sesma falou sobre atender nossas reivindicações é uma mentira. A pauta foi apenas respondida e todas as respostas da Sesma foram negativas", garantiu Gouvêa. "A negociação proposta pela prefeitura também foi uma farsa. Passamos dois dias discutindo um acordo com 15 pontos, mas, enquanto negociava com a gente, a gestão pedia a prisão das lideranças sindicais", completou. O acordo que vinha sendo costurado, segundo o Sindmepa, garantia que a prefeitura retirasse as ações na Justiça e o movimento pararia a greve. Em vez disso, uma nova decisão judicial determinou o fim da paralisação.

Parte das reivindicações da categoria foram divulgadas ontem, entre elas estão aquisição de respiradores para o Hospital de Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti, no Umarizal; funcionamento do tomógrafo; aquisição de bebedouros; climatização das unidades; manutenção do aparelho de Raio X portátil e do autoclave, utilizado para a esterilização de equipamentos cirúrgicos, que não estariam funcionando no HPSM do Umarizal; além da construção de banheiros. No Umarizal, segundo denunciam os profissionais, existem apenas dois banheiros para atender 1.100 funcionários e mais pacientes e acompanhantes. Em dias "normais", segundo o Sindicato, morrem de 7 a 8 pacientes somente no HPSM do Umarizal. Numero que não teria sido alterado com a paralisação.

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